Fotografar em casa pode ser uma tarefa difícil, porque a luz nem sempre é suficiente e ninguém quer ficar com uma fotografia granulada ou de pouca qualidade.
Como muitos criadores de conteúdo e empreendedores digitais sabem, fotografar dentro de casa faz parte de uma das suas rotinas diárias. Sejam aquelas flatlays que despertam o nosso desejo, um produto acabado de chegar ou mesmo um autorretrato no backstage a executar uma das nossas tarefas, todos queremos que as nossas imagens espelhem exactamente aquilo que estamos a sentir e aquilo que somos.
Muitas vezes, nem sempre o resultado que sai da câmara, corresponde a essa realidade e por iss, trago-vos algumas dicas que uso quando estou em modo “sessão-caseira”, para melhorar as minhas fotografias em casa.
1. Escolhe o local e horário com mais luz
Cá em casa não é muito fácil fotografar, porque não tenho muito boa luminosidade. O sol nunca entra direto e a claridade varia bastante e digamos, não é nada por aí além. Então, como devem calcular a tarefa fica um pouco difícil.
Como já conheço bem o comportamento da luz nas várias divisões da minha casa, escolho fotografar sempre da parte da manhã, porque sei que a partir das 12h00 a claridade começa a diminuir e o efeito que pretendo para as minhas imagens já não é possível de fazer. Começam a aparecer as primeiras sombras, que se podem tornar verdadeiras chatas – mais abaixo, já vos conto o que faço para as diminuir.
Outro truque que uso sempre e que faz toda a diferença, é fotografar junto a uma janela, onde a luz é mais branca e abundante.

Fotografa junto de uma janela
2. Fotografa em Modo Manual
Este modo permite que sejas tu a escolher e manipular todas as variáveis técnicas e, desta forma, que tenhas o total controlo do resultado da imagem. Eu sei, ao princípio pode ser um pouco complexo compreender todas estas variáveis e como funcionam entre si, mas o melhor conselho que te posso dar é brincares com elas, experimentares, mudares de uns valores para os outros e veres as diferenças nos resultados – a prática é tudo! Procura aprender sobre sobre o comportamento da ISO, da Abertura do Diafragma e da Velocidade do Obturador.
3. Preocupa-te com os detalhes
Aprender a compor a fotografia é das partes mais importantes na construção de uma identidade visual. A forma como enquadras e colocas os elementos, ajuda o observador a relacionar-se com a imagem e a contar a sua história. Por isso deves ter atenção a todos os pormenores que entram na tua moldura.
É normal que demores um bocadinho a chegar à composição ideal, mas a prática será a tua melhor amiga, e depois, vai ser como andar de bicicleta. Acontecia-me muitas vezes (e às vezes, ainda acontece!), principalmente quando comecei a fotografar, só me dar conta de determinadas coisas que estavam na imagem quando começava a editar. Não sei contar as vezes que encontrei objectos estranhos nas imagens, desde tomadas, papéis fora do sítio e outras que não lembravam a ninguém e só criavam ruído. Ficava tão entusiasmada com o processo de fotografar determinada cena, que nem reparava que, lá no canto estava qualquer coisa que não fazia sentido estar. É uma questão de prática, prometo!
4. Faz o que podes, com o pouco que tens
Eu não tenho uma casa digna de ir para o Pinterest!
Adorava ter, mas a verdade nua e crua é que o interior da minha casa não apela a que seja fotografada em qualquer canto, por isso, fica muito difícil fazer aquelas imagens que vemos por aí e que nos deixam a suspirar. Convínhamos também, que não dá para gastar o ordenado todo a comprar todos os props da Primark.
Desta forma, aquilo que vou fazendo, de quando em vez é (tchan-tchan-tchan): DIY’s. São a melhor forma de, com pouco dinheiro, reaproveitar materiais que já temos em casa, de criar vários cenários e ferramentas, que nos podem ajudar na altura de fotografar em casa.
Existem imensos vídeos de Youtube e ideias no Pinterest que nos ajudam a criar estes utensílios.
Deixo-vos aqui duas opções: um background de cartão a imitar marmoreado, que uso como fundo de fotografias e um refletor de cartão branco – que me ajuda a eliminar as sombras mais escuras.

DIY: Fundos (backgrounds) e refletores

Exemplo do efeito do uso do refletor
5. Passa as fotografias por um processo de edição
É a cereja em cima do bolo, aquele topping incrível que não resistimos em pôr em cima do gelado. Acho que ainda há algum shade em relação a edição: que é “falsificar” ou desvirtuar a realidade. Não podiaconcordar menos, porque considero que a edição permite realçar aquilo que temos em foco, que nos ajuda a contar história da imagem e a melhorar a sua qualidade, desde que seja feita com peso, conta e medida (claro!). Nisso acredito que menos é mais e, para quem tem mesmo de fotografar em casa considero essencial, principalmente se as condições de luz forem precárias ou não tivermos aquele equipamento full-frame.
Além do que, acredito que a par da composição, é isso que nos faz distinguir uns dos outros, que permite com que quem nos lês e nos siga, nos consiga identificar antes mesmo de nos apresentarmos.
Para me auxiliar neste trabalho não dispenso o Lightroom (desktop e mobile) porque é lá que crio os meus presets. Mas existem outras que te podem ajudar: VSCO Cam, Snapseed, Photoshop Express, etc. – O que não faltam são aplicações de edição de fotografia, só tens que perceber qual é a que funciona melhor para ti.

Exemplo de pós-edição no Lightroom com mais luminosidade
♥ | E então, que achaste destas dicas? Já implementas alguma?
Qual é a tua maior dificuldade em fotografar dentro de casa?
Conta-me tudo e, se quiseres podes mostrar-me as tua imagens já a seguir estas dicas partilhando com o hashtag #dicasdapestana.
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